Os pais acenaram no outro lado da estrada num cumprimento efusivo.
Perguntei-lhe pela escola, e não havia mais nada para perguntar... A única vez que conversámos foi quando me veio pedir a password da internet para poder fazer um trabalho da escola. Entregou-me o telemóvel para que nele eu escrevesse a palavra secreta (e assim continuasse).
Questionei-me com estas modernices, de agora até os trabalhos da escola poderem ser feitos através de rudimentares smartphones, num sítio em que a mensalidade da internet é igual ao ordenado de um professor.
Claro que sei que aprendemos muito com as redes sociais, que o Facebook, Messenger, Whatsapp podem ser uma boa escola da vida.
Fico feliz e espantada com o acesso caloroso que 6 números e 3 letras me possibilitam.
Para a próxima, em vez de lhe perguntar pelas aulas estou a pensar em perguntar-lhe pelos amigos. Será abusivo?
Um armazém ao serviço da curiosidade e da alegria... da curiosidade por tudo, da alegria por encontrar o que é meu ou aquilo que me espanta os sentidos. Um armazém da vida ou da parte dela que faz sentido partilhar.
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017
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